Festivais de Cinema

Nos últimos dois meses Lisboa acolheu vários festivais de cinema. Os amantes da Sétima Arte puderam optar por filmes de longa e curta-metragem nacionais, internacionais, de animação ou independentes/de autor.

O Festival a Monstra (http://www.monstrafestival.com/) que teve lugar no cinema São Jorge, Teatro Meridional, Museu do Oriente, etc, entre os dias 9 e 15 de Março, apresentou inúmeros filmes de animação com os mais diversos temas. Realizadores de vários países como Suíça, Canadá, Espanha deram asas à imaginação e assim, o espectador pôde assistir a filmes sobre um homem que um dia nasce com asas, as quais direccionam-no para boas acções, o dia-a-dia dos trabalhadores de uma fábrica de moscas ou a viagem repleta de aventuras de uma menina chama Mia. Uma extensa lista de filmes entra em competição, sendo atribuído posteriormente à exibição, os Prémios de Melhor Longa-Metragem, Melhor Banda Sonora, Melhor Curta, etc. Particularmente, gostei bastante do filme “Nocturna – A Noite Mágica”, de Adrià Garcia e Victor Maldonado que através dos medos de uma criança de mais ou menos 7 anos em relação à noite e ao escuro, apresenta uma visão interessante da noite.

O Festival IndieLisboa (23 de Abril a 3 de Maio) - www.indielisboa.com - presenteou os espectadores com filmes como “Singularidades de uma rapariga loura”, de Manoel de Oliveira (Portugal),“Johnny Cash at Folsom Prison”, de Bestor Cram (EUA) ou “La belle personne”, de Christophe Honoré (França). As diversas longas e curtas-metragens foram projectadas no São Jorge, Museu do Orientes, cinema Londres, entre outros. Na minha opinião, gostei da curta-metragem que expõe o dia-a-dia de um jovem de 17 anos e da sua mãe, onde há o contraste do filho com vontade de sair de casa e viajar e da mãe caseira.

Finalmente, o doc_Europa, no CCB, foi constituído por um documentário de um realizador de 27 países da Europa, como por exemplo “Padre Nostro”, do realizador italiano Carlo Lo Giudice, “The Taylor”, do realizador espanhol Óscar Perez ou “All White in Barking”, do realizador inglês Marc Isaacs. Portugal foi representado pelo documentário “Documento Boxe”, de Miguel Clara Vasconcelos que retracta o quotidiano de vários atletas do referido desporto. O doc_Europa teve a particularidade de não cobrar entradas. Pessoalmente foi do meu agrado o documentário sobre a relação de uma jovem mãe surda e do seu filho, onde a primeira sofre por não conseguir ouvir as gargalhadas do filho.